Artigo Técnico 32/2018 de 24 de setembro de 2018
Inflação em 2018
Segundo estimativas do Banco Central a inflação oficial do Brasil, que é medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deverá ficar em 4,28% no acumulado do ano.
Esta estimativa está muito próxima do que mostram os principais indicadores de inflação até o momento, com raras exceções, todos os índices de preços variam entre 3,6% a 4,2%, como mostra a tabela abaixo:
Tabela 1 – Índices de preços acumulado nos últimos 12 meses
Índice | Variação acumulada |
ICV (DIEESE) | 4,16% |
IPCA (IBGE) | 4,19% |
INPC (IBGE) | 3,64% |
IGP-M (FGV) | 8,91% |
Nota: Variação acumulada de setembro de 2017 a agosto de 2018
Fonte: IBGE, FGV, DIEES
O índice mais alto, que acaba destoando dos demais indicadores é o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que é o mais utilizado para o reajuste de contratos de alugueis. A variação mais acentuada do IGP-M se dá por conta do aumento nos custos das empresas atacadistas, principalmente por conta dos aumentos dos combustíveis e fretes, além da greve dos caminhoneiros, que elevou o preço de várias mercadorias.
Em relação ao salário mínimo, proposto no orçamento da União para o ano de 2019 é de R$ 1.006, o que representa um aumento de 5,45% na comparação com o valor de 2018. O reajuste do salário mínimo leva em conta, além do valor da inflação, indicado pela previsão do INPC, o crescimento real do PIB do Brasil em 2017.
FÁBIO RODRIGUES MARTINEZ
CORECON-RR 2077