FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DE RORAIMA

Dia das Crianças deve ser o melhor dos últimos cinco anos para o comércio

Pesquisa da CNC aponta que data comemorativa deve apresentar movimentação financeira de mais de R$7 bilhões

O avanço da vacinação contra a pandemia de Covid-19 promete um Dia das Crianças com o maior volume de vendas dos últimos cinco anos. Segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a terceira data comemorativa mais relevante do calendário do varejo brasileiro ‒ atrás apenas do Dia das Mães e do Natal ‒ deverá apresentar uma movimentação financeira maior desde 2015.

Em Roraima, a data comemorativa deve movimentar este ano pouco mais R$ 13 milhões em vendas. De acordo com o assessor econômico da Fecomércio/RR, Fábio Martinez, “é o maior resultado em toda a série histórica, crescendo 14% em relação ao ano passado, e 1,1% em comparação com o ano 2019, antes da pandemia. Essa deve ser a segunda data comemorativa seguida que apresenta aumento nas vendas em relação ao período anterior a pandemia de COVID-19, antes do dia das crianças apenas o dia dos país tinha conseguido esse crescimento”.

Para o presidente da Fecomércio/RR, Ademir dos Santos, “a redução das restrições impostas ao comércio e o aumento da circulação de consumidores nos centros comerciais, em virtude do aumento da vacinação, deve impulsionar esse crescimento apresentado neste ano. Contudo, o aumento dos preços na parte de brinquedos, bicicletas, videogames e doces impendem uma elevação mais expressiva nas vendas”.

Eletrônicos e brinquedos devem permanecer como destaque, correspondendo a 31% do volume projetado, seguidos pelo ramo de vestuário e calçados, cujo crescimento real em relação a igual período do ano passado deve ser o menor entre os ramos avaliados.

Em 2020, com as restrições severas que buscavam conter o avanço do novo coronavírus, o setor apresentou um volume de vendas de R$ 6,52 bilhões, o menor desde 2009, quando o valor apurado foi de R$ 6,18 bilhões, e que representou um encolhimento de 11,3% no faturamento real em relação ao ano anterior.

Aumento da circulação de consumidores deve compensar inflação

Agora, em um cenário completamente diferente, a perspectiva da entidade é que o aumento de 34% na circulação de consumidores desde o fim da segunda onda da crise sanitária, em abril, compense os efeitos da inflação.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o sentimento de segurança gerado pelo aumento no número de vacinados no País foi fundamental para as expectativas positivas. “Nos momentos mais agudos da crise sanitária, o fluxo diário de consumidores chegou a cair 69% em relação ao nível considerado normal. Hoje, o varejo chega a uma data comemorativa tão importante do seu calendário, com a circulação de consumidores próxima à registrada antes da decretação da pandemia”, observa.

Contudo, apesar desse aumento, o economista da entidade responsável pela pesquisa, Fabio Bentes, avalia que o varejo brasileiro poderá encontrar dificuldades com preços. “É muito difícil para o comerciante evitar repasses dos valores de bens e serviços ao consumidor final diante da inflação anualizada acima de 10%, segundo o IPCA-15.”

Para os itens típicos da data, a expectativa é de aumento de 7% na média dos preços, o que representaria a maior desde 2016, quando a expansão registrada foi de 8,8%. Dentre os produtos e serviços mais demandados nessa época do ano, tendem a se destacar os reajustes nos preços de bicicletas (+15,9%), doces (+12,3%) e lanches (+10,9%).

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