No segundo ano da pandemia, as vendas no comércio varejista brasileiro relacionadas à Páscoa devem registrar a pior queda, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A quinta data comemorativa mais importante do varejo brasileiro deverá movimentar o menor volume desde 2008.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, afirma que os impactos da pandemia na renda da população e o fechamento do comércio às vésperas do feriado explicam a baixa expectativa. “Esse é um segmento que, historicamente, depende de um consumo presencial. Ainda há uma grande dificuldade de adaptação das vendas on-line para a compra de itens como chocolate, ovos de Páscoa e produtos de supermercado, apesar de todos os avanços já feitos pelas empresas”, esclarece Tadros.
Em Roraima as vendas referentes ao período da Páscoa devem reduzir 2,4% neste ano, movimentado aproximadamente R$ 2,8 milhões em faturamento. O aumento da cotação do dólar, a redução na importação de insumos básicos e a redução da renda média do trabalhador, são os fatores determinantes para a redução do consumo este ano.
A previsão para Roraima é de uma arrecadação inferior à registrada em 2020, que foi de R$ 2,9 milhões. Segundo o presidente do Sistema Fecomércio/RR, Ademir dos Santos, “para o comércio, a Páscoa de 2021 vai ser bem diferente dos anos anteriores, na movimentação financeira. A festa ocorre no período de maior comprometimento da renda familiar e muitas pessoas estão sem receber o auxílio emergencial. Com isso, o empresário fica com receio de fazer um investimento alto e não vender todos os produtos durante o período festivo”, afirma o presidente Ademir dos Santos.