FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DE RORAIMA

Desemprego em Roraima atinge o maior nível desde 2012

Artigo Técnico 26/2018 de 16 de agosto de 2018

 

 

Desemprego em Roraima atinge o maior nível desde 2012

 

Segundo dados da PNAD Contínua Trimestral a taxa de desocupação do Brasil no 2º trimestre de 2018 foi de 12,4%, apresentando uma queda de 0,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2017.

Na Região Norte este índice também apresentou retração, saindo de 12,5 no 2º trimestre de 2017 para 12,1% em 2018. A maioria dos Estados da Região Norte apresentaram queda no desemprego, com exceção do Amapá, que apresentou a maior taxa de desocupação do Brasil (21,3%), e Roraima com taxa de 11,2%.

 

Gráfico 1 – Taxa de desocupação (%)

Fonte: PNAD Contínua Trimestral, IBGE

 

Roraima continua sendo o segundo Estado da Região Norte com a menor taxa de desocupação, atrás apenas de Rondônia com 8,2% e empatado com o Pará. Apesar disso, a taxa de desocupação apresentada no 2º trimestre de 2018 foi a mais alta já registrada neste período, nunca antes o desemprego tinha superado a marca dos 11%.

 

Gráfico 2 – Evolução da taxa de desocupação em Roraima no 2º trimestre

Fonte: PNAD Contínua Trimestral, IBGE; Elaboração: SEPLAN-RR/CGEES.

 

Já são mais de 25 mil pessoas de 14 anos ou mais de idade que procuraram emprego e não acharam aqui em Roraima, apresentando um aumento de 8,5% na comparação com o 2º trimestre de 2017.

Em relação às pessoas ocupadas por grupamentos de atividade econômica, a Administração Pública continua sendo a que mais emprega com 59 mil pessoas ocupadas, seguido pelo Comércio com 39 mil.

O Comércio foi o segmento que mais perdeu postos de trabalho em 2018, com uma queda de mais de 3 mil vagas, que representa uma que de 7,9%. Por outro lado, a administração pública aumentou em quase 5 mil o número de vagas, crescendo 9,2% no 2º trimestre de 2018.

Gráfico 3 – Pessoal ocupado por grupamento de atividade econômica

Fonte: PNAD Contínua Trimestral, IBGE.

 

Apesar do aumento do desemprego o rendimento médio real habitual de todos os trabalhadores cresceu 4,4% no 2º trimestre de 2018, em relação ao mesmo período de 2017, atingindo o valor de R$ 2.167.

A administração pública continua pagando os maiores salários, com média de rendimento de R$ 3.648, seguido pelo setor de transportes com R$ 2.249. Já os serviços domésticos são os que pagam os menores salários, com média de R$ 766.

 

 

FÁBIO RODRIGUES MARTINEZ

CORECON-RR 2077

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