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Padaria no Pintolândia investiu na qualificação do Senac e aumentou as vendas

O casal Francisco e Maria de Fátima da Silva, com o Presidente do Sistema Fecomércio/RR, Ademir dos Santos e a Diretora Regional do Sesc/Senac, Lisiane Carnetti, disse que investiu em qualificação no atendimento e na manipulação de alimentos quando decidiu realizar o sonho de abrir a Padaria Lourenso.

O bairro do Pintolândia, na zona Oeste de Boa Vista, é distante do centro. Mesmo assim, vários carros vindos dos bairros centrais chegam na Padaria Lourenso, atraídos primeiro pelo seu design, e depois pela qualidade do seu atendimento e produtos. Assim acontece também com os próprios moradores e trabalhadores do bairro.

Apelidada de “a charmosinha do Pintolândia”, ela é do casal Francisco Herculano da Silva (conhecido como “Chicão”) e Maria de Fátima Ferreira da Silva. O sonho de abrir uma padaria é antigo: a mãe de Francisco fazia bolos para vender. Mas durante 21 anos, ele trabalhou mesmo no setor de logística de uma distribuidora (seu último cargo foi como coordenador da área).

O ponto de partida veio quando Maria de Fátima, que tem uma loja de frangos (que fica ao lado da Padaria Lourenso, inclusive) quis abrir uma loja de lingeries: o marido sugeriu que eles seguissem no ramo alimentício, abrindo uma padaria que teria um estilo “misturando o rústico com o moderno, aconchegante”, com mesas externas e música ambiente, convidando os clientes a permanecerem ali após a compra “para relaxarem e conversarem”.

Na sua localização não é comum esse tipo de estabelecimento, o que serviu como incentivo para o casal: a Lourenso atenderia principalmente o público que frequenta a praça Germano Augusto Sampaio e os dois hospitais do bairro, todos próximos dali.

Eles contrataram um casal de amigos para projetar o espaço e investiram em qualificação: Francisco e sua equipe (dois padeiros, um ajudante de padeiro, três atendentes e uma gerente) fizeram os cursos no Senac de “Boas Práticas na Manipulação de Alimentos” e “O Poder do Atendimento: em Busca da Excelência”.

O cliente para eles é o elemento mais importante de tudo, e por isso que desde as publicações no Instagram da padaria (feitas pelo próprio Francisco) já é possível notar o carinho com o público.
O resultado é que há um ano e meio a padaria está aberta, mesmo com a pandemia. “Não fomos tão afetados porque ela é um serviço essencial, mas nossas vendas caíram bastante no começo. Mantivemos ela aberta usando o distanciamento social e instalando um dispenser de álcool em gel na entrada”, explicou.

Eles também implementaram um delivery, em parceria com o aplicativo de entrega Bee, e em breve pretendem ter os próprios entregadores. “As pessoas pedem muito a nossa tapioca com carne de sol e o salgado de carne de sol. Ainda que a taxa fique mais cara que o produto em si, graças a Deus sempre acharam que vale a pena seguir com a compra”, sorriu.

Em novembro deste ano, Francisco tomou uma decisão muito difícil para ele: pedir desligamento da distribuidora, o “fim de um ‘casamento’”, como considerou. Até então tocada mais por Maria de Fátima, a Lourenso estava demandando atenção de seu marido e ele sentiu que havia chegado o momento de se dedicar exclusivamente ao negócio da família.

“Ainda está caindo a minha ficha. Mas a padaria já estava acontecendo; e ela foi algo que sonhei e pedi muito para Deus. Tem gente que começa ainda menor, colocando produtos num isopor e saindo por aí de bicicleta. O medo de dar errado sempre vai existir, mas a gente não pode deixar ele nos dominar. Tem que ter mais coragem do que medo. E ver que estamos fazendo o nosso melhor e que o nosso cliente está satisfeito são o mais importante de tudo, e o Senac foi essencial desde o início do nosso projeto. Fico muito feliz que tudo isso esteja acontecendo”, finalizou.

Nayra Wladimila
Comunicação Senac RR

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