FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DE RORAIMA

Os impactos da pandemia do coronavírus na economia de Roraima

A Fecomércio em Roraima acompanha de perto os impactos econômicos causados pela pandemia do novo coronavírus no Estado, analisando os reflexos negativos nas atividades do comércio, serviços e turismo. “É importante deixar os empresários informados sobre os impactos econômicos. Vivemos em estado de calamidade pública por causa da Covid 19 e precisamos analisar a situação de cada setor para tomar as decisões adequadas quando a pandemia passar”, destacou o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Roraima, Ademir dos Santos.

Segundo os dados da pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias roraimenses (ICF), só nos últimos dois meses (abril e maio), a capacidade de compras teve uma redução de 7,4%. O endividamento, inadimplência e a impossibilidade de pagar as contas aumentou pelo terceiro mês seguido e atualmente 31,6 mil famílias em Roraima estão endividadas.

As dívidas das famílias e o período de instabilidade reduziram as vendas das empresas locais e os empresários se mostram menos otimistas. O Índice de Confiança do Empresariado do Comércio em Roraima retraiu 28% em apenas dois meses e apresenta o menor valor desde dezembro de 2016. O IBGE mostrou que no mês de março deste ano, o volume de vendas do comércio varejista de Roraima caiu 6,4%, na comparação com o mesmo período do ano passado. A queda foi ainda mais acentuada no setor de serviços, que retraiu 8,5% em março.

Uma pesquisa feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Roraima mostrou que a crise econômica causada pelo novo coronavírus em Roraima forçou 43% dos entrevistados a reduzirem o seu quadro de funcionários desde o início das medidas de isolamento social, que começou em no mês de março. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério da Economia, mostrou que em abril deste ano foram extintos 1.044 postos de trabalho formais aqui em Roraima.

A grande maioria destas perdas se concentrou no segmento de Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas, onde foram extintos 492 empregos. No acumulado de janeiro a abril deste ano a retração já chega a 592 postos de trabalho perdidos só no comércio”, destacou o economista Fábio Martinez. 

Assim como as atividades comerciais, o turismo também apresentou retração significativa em virtude da pandemia de COVID-19, tendo perdas de postos de trabalho formal principalmente no segmento de alojamento e alimentação (-118), que engloba as empresas de hotéis, pousadas, motéis, bares e restaurantes. Além das atividades de artes, cultura, esporte e recreação (-10); e de transporte, armazenagem e correio (-81), que engloba o transporte de passageiros, também extinguiram postos de trabalho no mês de abril.

Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o turismo em Roraima já começou a ter perdas significativas a partir de março deste ano, quando, depois de dois meses seguidos de crescimento no faturamento, houve uma retração de 16,58%, que representa uma perda de R$ 4,3 milhões.

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