Artigo Técnico 19/2020 de 08 de maio de 2020
Foram extintos 268 postos de trabalho desde o início da pandemia de COVID-19
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Roraima (Fecomérico-RR) realizou um levantamento, por meios digitais, com 70 empresários dos segmentos do comércio, serviços e do turismo, para averiguar os impactos econômicos em decorrência da pandemia de COVID-19 em Roraima.
Praticamente todos os entrevistados (93%) relataram queda em seu faturamento, sendo que apenas 7% deles afirmaram que não tiveram retração em suas vendas. Em média a diminuição no faturamento foi de 66,5%, contudo, para 14,3% dos empresários entrevistados a redução foi de 100%, reduzindo a zero o número de vendas neste período de pandemia.
Gráfico 1 – Redução no faturamento das empresas.
Fonte: Fecomério-RR
A forte retração no faturamento das empresas forçou 43% dos entrevistados a reduzirem o seu quadro de funcionários. Ao todo, segundo os entrevistados, foram demitidos 268 colaborados desde o início da pandemia de COVID-19 em Roraima.
Dentre as empresas que até o momento não precisaram reduzir o seu quadro de funcionários, a estratégia mais utilizada foi a de conceder férias individuais ou coletivas (40%) e utilizar as novas regras trabalhistas aprovadas pelo Governo Federal (30%).
Gráfico 2 – Estratégias utilizadas para evitar a demissão de colaboradores.
Fonte: Fecomério-RR
Nota: Esta foi uma questão que permitia ao entrevistado marcar mais de uma alternativa, logo o somatório dos percentuais sempre será superior a 100%
Para 28% dos entrevistados ainda não foi permitida a reabertura de suas empresas, os demais empresários que continuam funcionando, estão tendo que atender as recomendações estabelecidas nos decretos estaduais e municipais, além de fazer uso das modalidades de vendas por driver-thru[1] ou por delivery[2].
Gráfico 3 – Modo de funcionamento das empresas.
Fonte: Fecomério-RR
Nota: Esta foi uma questão que permitia ao entrevistado marcar mais de uma alternativa, logo o somatório dos percentuais sempre será superior a 100%, a única exceção foi a opção “Meu segmento não está autorizado” que não pode ser combinada com nenhuma das outras alternativas.
Em relação a reabertura dos segmentos de comércio e serviços, 83% dos entrevistados acreditam que deva ser permitida a reabertura destas atividades. Já para os 17% restantes afirmam que a reabertura de mais atividades possa aumentar a proliferação da COVID-19 no nosso Estado.
O principal motivo apresentado em favor da reabertura das atividades foi o da permissão para retomada das atividades presenciais, desde que se siga um rígido controle para evitar aglomerações, além de seguirem as recomendações estipuladas pelos gestores públicos e autoridades sanitárias.
Gráfico 4 – Motivos levantados para a reabertura do comércio e serviços.
Fonte: Fecomério-RR
FÁBIO RODRIGUES MARTINEZ
CORECON-RR 2077
[1] Que permite que os clientes comprem produtos sem sair de seus carros
[2] Compra realizada virtualmente e entregue na residência do consumidor