Muita criatividade unida ao apoio às causas sociais tomaram conta do pátio interno do Centro de Educação do Sesc, no bairro Mecejana.
Este é o resultado da Feira de Ciências para a Redução das Desigualdades realizada durante dois dias, e que foi organizado por aproximadamente 700 alunos do Ensino Fundamental e Médio.
O evento, que contou com o apoio da Federação de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Roraima (Fecomércio-RR), teve como objetivo a troca de conhecimentos – reuniu 23 trabalhos e esteve aberto ao público. Além das atividades apresentadas pelos estudantes, o público tive a oportunidade de conhecer as ações desenvolvidas pela instituição de ensino, bem como filmes de ficção científica, entre outras atrações.
A turma do 2º ano A – liderada por Lucas Gomes (16), apresentou um joguinho intitulado “Cai Cai”. Trata-se de uma garrafa pet, no qual é transpassada por vários espetos de churrascos que tem com finalidade segurar um conjunto de tampinhas de refrigerantes. Cada jogador deve retirar o espeto sem fazer como que a tampa caia. O último que conseguir manter pelo menos uma delas segura, é quem ganha a partida. O jogo pode contar com a participação de até quatro pessoas.
“Esse trabalho que apresentamos não tem como finalidade destacar somente a criatividade, mas também o de proporcionar momentos de descontração para aquelas crianças e adolescentes que não tem condições de comprar um brinquedo. É fácil, simples de confeccionar e diverte a todos”, destacou o estudante.
Outro brinquedo que chamou a atenção foi o xadrez para cegos. A partida é a mesma para todos os jogadores, embora cada um tenha um tabuleiro cujas peças, marcadas em braile (língua brasileira de sinais), se encaixam nos parafusos para permanecerem fixas, evitando que as peças deslizem. “É uma forma de inclusão social e ao mesmo tempo, é um jogo bastante didático e muito prático. O mais importante é que com isso, podemos oferecer condições para que o cego possa se divertir e que se sinta incluso na sociedade”, frisou o estudante Wagner Vinícius de Andrade (16), da turma do 3º ano A.
Para o coordenador do evento, Ricardo Oliveira, além da troca de experiências, a feira traz em sua essência, a inclusão social, que segundo ele, é necessário para a convivência harmônica em sociedade. Ele que é professor de Química disse estar satisfeito com os resultados dos trabalhos realizados pelos estudantes. “Geralmente realizamos a feira no final de ano, porém como muita gente tem o hábito de viajar durante esse período, resolvemos antecipar e graças aos nossos esforços tem sido um sucesso. É importante ressaltar que estamos passando por um processo de avaliação, no sentido de conquistarmos um espaço no evento que é realizado em nível estadual”, informou.
A superintendente da Fecomércio-RR, Dorete Padilha parabenizou a iniciativa do Centro Educação do Sesc em realizar o evento, desta vez voltado a inclusão social. “O mais interessante é ver o interesse dos alunos em buscar meios para que todos tenham um espaço na sociedade, tornando mais fácil a vida daquelas pessoas deficientes e precisam da nossa atenção, pois também são cidadãos. São ações como essa que integram o Sesc-RR na linha de pesquisa nacional e não deixa a desejar em nada, se comparada as unidades das federações localizadas no centro do país”, enfatizou a superintendente, agradecendo o apoio que o presidente da Fecomércio-RR, Ademir dos Santos oferece a instituição de ensino.