Artigo Técnico 22/2018 de 26 de julho de 2018
Geração de empregos em Roraima tem o pior resultado desde 2015
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, no primeiro semestre de 2018 foram admitidos 10.530 trabalhadores com carteira assinada em Roraima, sendo que no mesmo período foram demitidos 11.006 trabalhadores, gerando saldo negativo de 476 postos.
Gráfico 1 – Saldo de empregos formais no 1º semestre em Roraima
Fonte: CAGED/MTE.
Três dos oito setores da economia apresentaram resultados negativos, sendo eles: o comércio (-368), a construção civil (-96) e a indústria de transformação (-76).
O comércio varejista foi responsável pelo total do saldo negativo no setor do comércio, com resultado de -394, enquanto que o comércio atacadista conseguiu criar 26 novos postos. A maior parte das extinções de postos de trabalho do comércio se deu no primeiro trimestre do ano, principalmente no mês de março quando houve a perda de 130 postos de trabalho.
A construção civil que vinha aquecida desde o final do ano passado e início deste ano, começou a apresentar retração nas contratações a partir do segundo trimestre de 2018, nos meses de abril, maio e junho foram extintos 562[1] postos de trabalho, o que puxou negativamente o resultado do acumulado no ano. O início do período chuvoso combinado com a conclusão de obras, podem explicar essa retração.
Na indústria de transformação o principal segmento que contribuiu decisivamente com o saldo negativo no semestre foi a indústria da madeira e do mobiliário, que extinguiu 124 postos de trabalho, combinado com o saldo negativo.
Os demais setores apresentaram resultado positivo no semestre, com os serviços industriais de utilidade pública criando 20 novos postos; o setor de serviços com 17 postos; agropecuária com 14; administração pública com 11; e extrativa mineral com 2 postos.
Tabela 1 – Saldo de empregos formais por setor em Roraima
| Setores | Saldo de empregos formais | |
| 1º semestre de 2017 | 1º semestre de 2018 | |
| Extrativa mineral | 4 | 2 |
| Indústria de transformação | -45 | -76 |
| Serviços industriais de utilidade pública | 59 | 20 |
| Construção civil | 407 | -96 |
| Comércio | 155 | -368 |
| Serviços | 592 | 17 |
| Administração pública | -89 | 11 |
| Agropecuária | -15 | 14 |
| Total | 1.068 | -476 |
Fonte: CAGED/MTE.
Dentre as ocupações que mais ganharam postos de trabalho em abril de 2018 estão: faxineiro (56); repositor de mercadorias (25) e almoxarife (24). Já as que mais perderam postos foram: serventes de obras (-145); motorista de caminhão (-44); e pedreiro (-44).
FÁBIO RODRIGUES MARTINEZ
CORECON-RR 2077